Diabetes em Família
A família é o grupo primário de relacionamento no qual as ações, comportamentos e hábitos sofrem influências cíclicas e de múltiplos fatores. Assim sendo, cada membro tem seu estado de saúde influenciado por este contexto, bem como influência o funcionamento da unidade familiar.
O diabetes é uma doença crônica, com possibilidade de complicações futuras se um bom controle não é alcançado, e que se apresenta como um grande temor para as famílias, devido às experiências negativas compartilhadas com outros. Ao ser diagnosticado, exige modos de enfrentamento, mudanças no cotidiano do paciente e da família e um período de adaptação, que se refere à sua relação e da família com os alimentos, com os exercícios físicos, com as medicações, crenças, valores e com o processo educacional contínuo.
Em relação às crianças e adolescentes, os sentimentos dos pais frente à doença desempenham importante papel nas reações da criança, ou seja, as atitudes familiares influenciam decisivamente na forma de aceitação, ou não, do jovem diabético. Neste cenário, encontramos diferentes manifestações familiares: rejeição à doença, super proteção, atitudes de controle perfeccionista da doença, dentre outros.
Diante de todo este universo de mudanças nos hábitos de vida, muitos se perguntam: e agora? Dentro desta realidade, merece destaque a educação em diabetes, que de forma equivalente, deve ser direcionada também aos familiares, principalmente em caso de crianças e idosos, onde muitas vezes a maioria dos cuidados frente à doença são de sua responsabilidade.
Em nossa realidade, onde a educação formal em diabetes ainda não é uma prática, vale algumas dicas aos familiares:
• Alimentação: Lembre-se que a alimentação de um portador de diabetes preza os hábitos saudáveis e não é dieta para diabético! Assim, todos em casa devem procurar ter refeições saudáveis, buscando uma meta em comum: saúde!
• Exercícios Físicos: deve ser um prazer e não um castigo imposto ao diabético! Infelizmente, a maioria das famílias não tem o hábito de praticar exercícios, e quando se deparam com o diagnóstico da doença, onde a atividade física é parte essencial do tratamento, se sentem obrigados a fazer o exercício. Assim, encarem a atividade física como uma forma familiar de manter peso saudável, melhora da auto-estima, do perfil de colesterol e da glicose. Não se esqueça: busquem uma atividade que agrade e que preferencialmente seja feita em conjunto por todos ou pelos menos alguns membros da família.
• Consultas: tentem comparecer ao maior número possível de consultas com o seu familiar diabético. A educação em diabetes, durante o acompanhamento com a equipe interdisciplinar, é a oportunidade para o esclarecimento de dúvidas, entendimento dos processos relacionados ao autocuidado, além de ser um apoio ao seu ente querido.
Assim, buscando a sua saúde e do seu familiar diabético, certamente alcançarão metas juntos!
Dra. Janice Sepúlveda Reis
Endocrinologista
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/educacao
Alguns termos Médicos usados em Diabetes
*Glicemia — medida de glicose (açúcar) no sangue.
*Glicosímetro — aparelho portátil, medidor de glicemia.
*Glicosúria — medida de glicose na urina.
*Cetonúria — medida de cetonas na urina.
*Cetonemia — dosagem de cetona no sangue.
*Cetoacidose diabética — descompensação grave do diabetes.
*Edulcorantes — adoçantes dietéticos.
*Hipoglicemia — queda dos valores de glicemia.
*Coma hipoglicêmico — coma por grande queda da glicemia.
*Glicofita — fita para medida de glicosúria.
*Hipoglicemiantes orais — comprimidos para tratamento do diabetes.
*Insulina suína — insulina extraída do pâncreas do porco.
*Insulina mista — mistura de insulinas extraídas do pâncreas do porco e do boi.
*Insulina humana — insulina obtida por engenharia genética, igual à humana.
*Descompensação do diabetes — aumento das taxas de glicemia com aumento da sede, fome e do volume de urina, geralmente acompanhado de perda de peso e prostração.
*Hemoglobina glicosilada ou glicada (Hgb A1C ou A1) — dosagem laboratorial que permite saber como esteve o controle do diabetes nos últimos 60 a 90 dias. Deve ser dosada, no míni quatro em quatro meses.
Fonte: Do livro “DIABETES O que fazer em situações especiais” do Dr. Walter José Minicucci.
“Pelas suas pisaduras fomos. Sarados...”
Isaías 53:5
Lembrando: que as informações aqui contidas, não são indicação de tratamento, e nem dispensa nenhum tipo de tratamento indicado por seu médico, somente ele sabe o qual o tipo de tratamento é adequado para o seu DIABETES e qual medicamento e procedimento é indicado para seu uso.